França pretende devolver à África obras de arte saqueadas durante período colonial

O jornal francês Libération teve acesso as imensas listas que detalham os itens que a França tem a intenção de devolver à várias nações africanas: são milhares de máscaras, joias e estátuas.
A ideia vem do presidente francês, Emmanuel Macron, que, no ano passado, em viagem pelo continente africano, declarou que iria restituir o patrimônio saqueado pelos franceses na época da colonização.
A controvérsia sobre a propriedade de obras de arte não é nova. Uma convenção da Unesco contra a exportação ilícita de bens culturais, adotada em 1970, defendia a devolução de propriedade cultural retirada de um país, mas não se referia a casos históricos, como os da era colonial.
A ideia vem do presidente francês, Emmanuel Macron, que, no ano passado, em viagem pelo continente africano, declarou que iria restituir o patrimônio saqueado pelos franceses na época da colonização.
A controvérsia sobre a propriedade de obras de arte não é nova. Uma convenção da Unesco contra a exportação ilícita de bens culturais, adotada em 1970, defendia a devolução de propriedade cultural retirada de um país, mas não se referia a casos históricos, como os da era colonial.
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Muitos itens foram roubados da África subsaariana, entre 1885 e 1960: cerca de 46 mil objetos. Um dos grandes obstáculos da restituição, no entanto, será a lei francesa, que impede que esses itens deixem os museus onde integram as coleções nacionais. Por isso, os especialistas irão propor ao governo a modificação do código do patrimônio francês, destaca o jornal Libération.
Especialistas questionam sobre "para onde e para quem iremos devolver?" e que a ação, que mesmo tendo uma ótima intenção, pode provocar conflitos entre os países que sequer existiam no período e só formaram uma identidade cultural após muitos anos.
Outros países europeus também têm examinado criticamente suas coleções de artefatos culturais africanos. Em setembro de 2017, a ministra alemã da Cultura, Monika Gruetters, sugeriu adotar para a África um modelo semelhante ao do Centro Alemão de Propriedade Cultural Perdida, que procura os proprietários de arte saqueada pelo nazistas, a fim de devolvê-la.
Fonte: G1
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